Desde o início da década de 50, mais de 40 mil integrantes desta milenar comunidade voltaram a Israel

Comunidade judaica na Etiópia manteve suas tradições, apesar do isolamento
JERUSALÉM – A jornada de resgate dos judeus da Etiópia de volta a Israel começou na década de 1950. Veja, a seguir, seus momentos marcantes:
1953-1965
A decisão de nomear emissários para a Etiópia partiu da administração da Agência Judaica, seguindo pedidos de líderes da comunidade judaica na Etiópia. Em 1953, a Agência Judaica nomeou o rabino Shmuel Be’eri como o primeiro emissário da Agência Judaica para a Etiópia. O rabino Be’eri estabeleceu a primeira Escola Hebraica para os judeus etíopes em Asmara.
Entre 1955 e 1965, cerca de 27 adolescentes judeus etíopes, conhecidos como o “Grupo Kfar Batya”, foram levados para Israel, onde foram treinados para serem emissários da Agência Judaica, e voltaram para suas comunidades como professores habilitados e altamente treinados. Enquanto isso, a AJ cria clínicas médicas dentro dessas comunidades para servir a população judaica, muitos dos quais estavam aguardando aprovação para Aliá.
1977-1987
Até o final da década de 1970, a imigração judaica da Etiópia tomou a forma de Aliá de Resgate. Até 1977, era permitido aos judeus da Etiópia imigrar para o Estado judeu, até o ditador Mengistu Haile Mariam chegar ao poder. Durante a década que se seguiu, a imigração era clandestina e gerenciada pelo Governo de Israel, juntamente com a Agência Judaica. Sofrendo com perseguições nas mãos do regime marxista de Mengisto pela realização de atividades ligadas a educação judaica e sionista, muitos dos aldeões judeus tornaram-se refugiados. Os primeiros refugiados da região de Tigré percorram todo o caminho até Israel a pé com quase nenhuma ajuda.
Compreendendo essa intensa necessidade, o Instituto Mossad para Inteligência e Operações Especiais, em parceria com o Exército de Defesa de Israel (IDF), juntou-se a Agência Judaica para estabelecer procedimentos mais eficazes e melhores condições para a Aliá. O IDF e Mossad começaram a trazer judeus etíopes para a segurança de Israel e a Agência Judaica acolheu e absorveu os refugiados, abrigando-os em aldeias de jovens e locais especiais estabelecidos para esta finalidade.
1984-1985
A “Operação Moisés” ajudou a chegada de 6.364 judeus dos campos de refugiados do Sudão, para Israel, através de países intermediários, a pé, de aviões e barcos.

Operação Salomão: mais de 14 mil resgatados em apenas três dias
1988-1991
Entre novembro de 1988 e maio de 1991, 150 mil judeus etíopes se aproximaram de Adis Abeba, o centro de atividades para Aliá na Etiópia. A “Operação Salomão” foi uma manobra aérea para o resgate dos judeus da Etiópia. Em maio de 1991, 14.000 judeus etíopes chegaram a Israel a bordo de aeronaves dos Exército de Defesa de Israel, El-Al, e Ethiopian Airlines. Durante a operação, o IDF, a Agência Judaica, o Joint Distribution Committee, e o Mossad uniram forças. Com ajuda da mediação norte-americana, o Governo de Israel chegou a um acordo com Mengistu e com os rebeldes, permitindo que o resgate ocorresse dentro de 34 horas.
1992-1997
De 1992 até 1997, o Governo de Israel, juntamente com a Agência Judaica assistia judeus etíopes da Província de Qwara a chegar ao Estado judeu. Desde junho de 2008, a Agência Judaica, a pedido do Governo de Israel, continua a tornar a Aliá da Etiópia possível, de acordo com a Lei do Retorno de 1970, emenda “Zera Israel” da Etiópia.
2010-2013
Por decisão do governo, a imigração de “Zera Israel” continuou com a “Operação Asas de Pomba”, que iniciou em 29 de outubro de 2012. Este é o auge do processo de Aliá para aqueles qualificados para imigração pela Lei do Retorno de 1970. É a última onda de Aliá da Etiópia e do Corno da África, uma operação que começou na década de 1950 e que fechou seu ciclo, graças aos serviços da Agência Judaica.
Fonte: Agência Judaica para Israel
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