Por que dizer Sim a Israel

Para nós Israel não tem só o direito de existir. Tem o dever de existir

 

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Nossa crença em correlação a Israel são sustentadas unicamente pela autoridade da Palavra de Deus.

Não as fundamentamos em pontos de vista políticos ou de qualquer outra natureza.

Buscai no livro do Senhor, e lede; nenhuma destas coisas faltará, nem uma nem outra faltará; porque a minha boca tem or- denado, e o seu espírito as ajuntará. (Isaias 34.16).

Em 14 de Maio de 1948 o Estado de Israel surgia em meio à comunidade das nações. Desde a queda de Jerusalém em 70 d.C. os judeus permaneceram espalhados, sem um território próprio. Seu sonho agora se tornava realidade. Era o cumprimento das milenares profecias bíblicas, conforme há muito apontavam estudiosos das Escrituras. Tanto sua criação quanto sua sobrevivência nestes 58 anos de existência foram marcadas por inúmeros conflitos de ordem bélica, política, ideológica e teológica. Isto torna seu renascimento em um dos acontecimentos mais importantes do século XX.

Sendo assim, nem sempre é fácil apreendermos toda a complexidade ao redor deste evento. Nem sempre é fácil penetrar nas minúcias políticas e diplomáticas envolvidas. É tarefa além de nossas forças tentar explicar a cada instante o que está acontecendo com Israel e justificar perante uma multidão de oponentes e até mesmo simpatizantes as questões pertinentes.

 

Todavia, nosso “Sim” a Israel não se baseia em questões políticas ou ideológicas, ainda que por vezes possa se recorrer a ambas. Nosso “Sim” está baseado em nosso reconhecimento da Bíblia como Palavra de Deus, eterna, inspirada e infalível e no que ela diz a respeito do assunto.

 

Mesmo que nossa apologia ao direito de existência de Israel não seja completamente desprovida de outros argumentos, a razão de nosso apoio a essa nação tem origem em nossa fé nas Escrituras Sagradas. Sola Scriptura é a nossa base. Os demais elementos só serão claros em uma perspectiva futura. Ainda que muitos dos criadores do atual Israel o tenham reconstruído em bases humanísticas, isto não anula o evento como cumprimento da Palavra.

Em toda a História, nem todos os que cumpriram as profecias sabiam que estavam a faze-lo. Quando Alexandre, o Grande, lançou o pó, as madeiras e os restos da antiga cidade de Tiro ao mar, não imaginava que estava cumprindo Ezequiel 26.12. Da mesma forma os fundadores do atual Estado podem até ignorar o fato de serem cumpridores das profecias, mas o são de fato.

 

Não nos cabe convencer ninguém com argumentos políticos e ideológicos. O “Assim diz o Senhor” já é suficiente para nós, embora saibamos que não é suficiente para todos.

 

Para nós Israel não tem só o direito de existir. Tem o dever de existir, uma vez que através dele se cumprem e cumprirão muitos aspectos do plano divino para este mundo.

Sem ele nossa compreensão do plano de Deus e da situação mundial atual seria impossível. Para nós trata-se de ponto basilar.

 

Reproduzido com permissão do livro Israel, Povo Escolhido, do Pr. Eguinaldo Helio dos Santos, professor de Teologia no Seminário Vale da Bênção