A festa bíblica de Tu Bishvat celebra a comunhão entre o homem e a natureza
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No dia 15 do mês de Shvat pelo calendário judaico, Israel comemora a festa de Tu Bishvat, o Ano Novo das Árvores.
Tu Bishvat é quando as árvores começam a florescer em Israel. Esta é mais do que uma visão agradável na natureza, é um também um evento emocionalmente edificante. Ele aumenta a nossa consciência dos milagres de Deus, nos lembra a não acreditar que tudo na vida está garantido e nos dá esperança de que após um frio e escuro inverno dias melhores estão diante de nós.
Então disse Deus: “Cubra-se a terra de vegetação: plantas que deem sementes e árvores cujos frutos produzam sementes de acordo com as suas espécies”. E assim foi. A terra fez brotar a vegetação: plantas que dão sementes de acordo com as suas espécies, e árvores cujos frutos produzem sementes de acordo com as suas espécies. E Deus viu que ficou bom. (Gênesis 1:11-12)
Nos tempos bíblicos, os israelitas eram fazendeiros, que apreciavam a natureza sabendo que sua vida dependia dela. Eles comemoravam as mudanças das estações do ano com ofertas de frutas ao templo.
Tu Bishvat marca mais um ano em que as árvores permanecem plantadas firmemente em Israel. Ao plantarmos árvores, nós mesmo estamos fincando raízes na Terra Santa.
Os Direitos das Árvores
A tradição judaica relaciona-se com as árvores com grande respeito. Suas leis escritas e orais proclamam os direitos e a singularidade de cada árvore. Entre eles:
- Até que uma árvore complete três anos de idade, seu fruto é proibido para o consumo humano.
- Mesmo que você “possua” um pomar, você não pode negar o direito da árvore de oferecer seus frutos para um viajante ou trabalhador com fome.
- Quando você travar uma guerra contra uma cidade, não deve destruir suas árvores frutíferas.
- Você pode trabalhar a terra e colher os seus frutos, mas a cada sete anos você deve permitir que a terra descanse por um ano.
Parábola: O Rei, o Velho e a Alfarrobeira
Um rei encontrou um homem velho plantando uma alfarrobeira (árvore típica de Israel).
– “Velho”, o rei chamou. “Quantos anos você tem?”
– “Setenta anos, sua majestade”, respondeu o homem.
– “Quantos anos vai demorar para que esta árvore dê frutos?”, perguntou o rei.
– “Talvez 70 anos”, respondeu o homem.
– “E você realmente espera que algum dia ainda comerá do fruto desta árvore?”, debochou o rei.
– “Claro que não”, disse o homem. “Mas assim como eu encontrei árvores repletas de frutos quando eu nasci, planto esta árvore para que também as gerações futuras possam comer de seus frutos.”