Eterna Aliança

As promessas incondicionais de Deus a Israel

 

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Pr. Eguinaldo Helio dos Santos

A aliança de Deus com Abraão, no que se refere à sua descendência, é incondicional. Portanto, Israel não pode deixar de existir (Deuteronômio 7.6-8; Salmo 89.28-34; Jeremias 31.35-40; 33.25,26; Romanos 11.28,29). Em Gênesis 17.7,8 encontramos esta declaração do Deus de Israel: Estabelecerei a minha aliança como aliança eterna entre mim e você e os seus futuros descendentes, para ser o seu Deus e o Deus dos seus descendentes. Toda a terra de Canaã, onde agora você é estrangeiro, darei como propriedade perpétua a você e a seus descendentes; e serei o Deus deles.

Uma aliança é um acordo entre pelo menos duas pessoas. E uma aliança incondicional, por sua vez, significa que uma dessas pessoas se compromete a fazer algo pela outra mesmo que esta não consiga fazer a sua parte.

Esse foi o tipo de aliança que Deus fez com Abraão.

Tanto em seu chamado (Gênesis 12), como na confirmação da aliança (Gênesis 17) e após a sua obediência quanto ao sacrifício de Isaque (Gênesis 22), quando então Deus jurou por si mesmo, Deus foi incondicional em Suas promessas. Isso, de certa forma, tornou a existência de Israel uma conseqüência dos propósitos divinos, independentemente das atitudes da outra parte.

Não queremos dizer com isso que qualquer atitude por parte de Israel seja aceitável ou justificável. Longe disso. Mesmo porque, no decorrer de sua história, Israel tem sido punido diversas vezes por seus pecados. O que cremos é que essa história, ainda que marcada por dores e sofrimentos, muitas vezes decorrentes de sua própria obstinação, continuará existindo, e mudará no futuro.

O parágrafo acima resume Israel: sobrevivência miraculosa em meio a um sofrimento indescritível.

Seu caso é único na História Universal. E, depois de tudo pelo que passou, um renascimento inesperado e indesejado, seguido de quase seis décadas de tentativas frustradas de eliminação.

Deus lançou tamanho juízo sobre a Babilônia que fez com ela que desaparecesse. Lançou sua Palavra contra Nínive e os assírios, e eles são fatos do passado. Os edomitas foram extintos conforme as profecias bíblicas. Até mesmo os egípcios, que agora vemos, nada têm a ver com aqueles citados no Antigo Testamento. São apenas alguns exemplos de povos que saíram da História como resultado do juízo divino.

Qual será a diferença desses povos com o povo judeu? A nação de Israel também não recebeu tantas advertências de juízo? Por que então resistiu ao tempo e às aflições indescritíveis que todos nós conhecemos? Porque com nenhum outro foi feita uma aliança incondicional; porque o seu papel não terminou, e porque estamos falando de um povo especial.

Contudo, a aliança não os isenta do castigo e do juízo; ela os isenta da extinção.

Se os seus filhos abandonarem a minha lei e não seguirem as minhas ordenanças, se violarem os meus decretos e deixarem de obedecer aos meus mandamentos, com a vara castigarei o seu pecado, e a sua iniqüidade com açoites; mas não afastarei dele o meu amor; jamais desistirei da minha fidelidade. Não violarei a minha aliança nem modificarei as promessas dos meus lábios (Salmo 89.30-34).

Verdadeiramente, só uma aliança incondicional poderia explicar esse fato.

Sem ela, o que haveria de se esperar é que não houvesse mais judeus sobre a face da terra. E é sobre essa aliança incondicional que repousa o presente e o futuro de Israel.