As guardiãs da Terra Santa

Conheça a Nachshol, a primeira e única unidade de combate no mundo composta inteiramente por mulheres

 

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Capitã Dana Ben-Ezra: tarefas mais difíceis do que as dos homens

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Mulheres soldados das Forças de Defesa de Israel (FDI) têm ocupado diversas posições na organização, algumas inclusive servindo como pilotos, oficiais de inteligência, oficiais da Marinha e em operações de busca e salvamento. Nos últimos anos, as oportunidades abertas às mulheres em unidades de combate cresceram, inclusive através da criação do Batalhão Caracal, no qual homens e mulheres servem juntos como combatentes.

O IDF atingiu um novo marco em 2006, quando estabeleceu sua primeira companhia constituída exclusivamente por soldados de combate do sexo feminino, a Companhia de Reconhecimento Nachshol (“onda gigante” em hebraico) .

A Nachshol é parte da Divisão 80 do Comando Sul e está posicionada ao longo da fronteira Egito-Israel. A missão central desta unidade é patrulhar e reunir informações de campo em tempo real, o que exige longas horas de patrulha disfarçados com camuflagem. Soldadas da Nachshol servem durante três anos, em vez dos dois anos exigidos das demais mulheres israelenses.

“Somos a única unidade do mundo feita inteiramente de soldados combatentes do sexo feminino”, explica a comandante da Unidade Nachshol Capitã Dana Ben-Ezra. Ela enfatiza que as missões realizadas pelas mulheres de sua unidade não são menos extenuantes do que asֺ realizadas por seus colegas do sexo masculino. “Minhas meninas muitas vezes realizam tarefas mais difíceis do que as dos soldados de combate homens”, assegura.

Dana vê sua unidade como um passo importante contra os estereótipos de gênero. “Estamos acostumados a ver as mulheres no Exército apenas em cargos administrativos. Temos de mudar essa percepção. Cada pessoa deve ser julgada de acordo com suas habilidades e capacidades”, acredita.

“Em última análise, as FDI não teriam estabelecido a Unidade Nachshol se não houvesse uma necessidade para tal. Se não fossemos  relevantes para a área que nós protegemos, não estaríamos aqui. Somos avaliadas por nossa eficácia e por nossas vitórias, não pelo nosso gênero”, diz a capitã.

 

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Soldada Ariel Bruce: “Queria dar o máximo servindo ao país que amo.”

 

A Unidade de Reconhecimento Nachshol ganhou reputação por sua excelência e diligência, atraindo mulheres de todo o mundo. A cabo Ariel Bruce, de 22 anos, tirou uma licença de seus estudos na Universidade de Washington (EUA), para servir na unidade. “Eu morei em Israel na adolescência e sempre tive a intenção de voltar. Queria dar tudo o que tenho para o país que eu amo, servindo nas FDI”, conta com orgulho.

Ariel explica por que escolheu servir em uma unidade de combate: “Não queria ficar atrás de uma mesa, e sim em campo, fazendo tudo o que é fisicamente possível para o país “.

A transição de estudante universitária para o soldado combatente pode parecer difícil, mas Ariel tem se adaptado facilmente a seu novo papel. “Todo mundo aqui foi muito acolhedor e todos nós nos tornamos amigos muito rápido”, conta.

Ariel reconhece os riscos de servir como um soldado de combate, mas explica que o rigoroso treinamento a preparou para este papel. “Tudo depende de estar bem treinada, inclusive o medo”, diz. Ela não vê nenhuma razão para não haver mais mulheres nas unidades de combate. “Se a mulher é qualificada, terá um desempenho igual ao de qualquer homem”, assegura

Traduzido com permissão das Forças de Defesa de Israel

VÍDEO:
Mulheres nas Forças de Defesa de Israel >>

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